05/01/2013

Andarilho Tempestade!



Um dia eu dei um passo que não passava mais.
Caminhando neste espaço que no meu encalço jaz.
Vi no meu compasso o que deixei pra trás.
E no meu tempo que pouco tempo faz.
Parei!

Parei na contramão do meu caminho
Jornada prometida do Eu sozinho
Buscando sem saber onde me estacionar
Tornei-me andarilho do meu profundo caminhar!

Longo foi o tempo em que a estática pertenci
Paralisado por longa data sem saber
Dos muitos passos que neste espaço eu já perdi
Mesmo sabendo que o caminhar é o meu poder!

Tantos pensamentos contidos eu guardei
Tantas fantasias que comigo desenhei!

Parado no meu passo
No meu espaço
Despertei!

O solo rachado sob meus pés
É o silencio do meu passeio vagaroso
E na chegada do meu passo de viés
Chega também meu choro doloroso!

De andarilho faço-me tempestade
Fico parado pois sei que não é tarde
E permito minha sombra à sombra da maldade
Chover-me então, puramente com bondade!

Eu, caminhante de mim mesmo, mantenho-me aqui até que nas gotas do meu chover, eu inunde as feridas destes solo ouvidos que se secaram por meu calar!

Eis o fim da minha apresentação!
Que venham então todas as minhas inspirações de outrora e que no instante agora eu seja enfim um despertar dentro de mim e de mim pra fora!




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